O INE contabilizava já, nas suas análises às contas portuguesas, a chamada 'economia não observada', que incluía actividades não declaradas (ilegais ou legais), o que corresponde a cerca de 13% do PIB.
Mas a introdução do SEC2010, uma nova metodologia para as contas públicas que entra em vigor em Setembro para os países da União Europeia, "vem incluir explicitamente estimativas relativas a actividades ilegais como o tráfego de droga e a prostituição", explicou o director de Contas Nacionais do INE.
"Estas actividades ilegais [associadas à prostituição, à droga e à prostituição] correspondem a 0,4% do PIB", estimou Pedro Oliveira, num encontro com jornalistas sobre os impactos da introdução do SEC2010 nas contas portuguesas.
Por outro lado, o responsável do INE recordou que as análises às contas nacionais incluem também o chamado 'gap do IVA', ou seja, o 'buraco' entre as receitas apuradas pelas finanças e aquele que seria obtido com estas actividades 'não observadas'.
Segundo os responsáveis pelas contas nacionais do INE, este 'gap do IVA' [Imposto Sobre o Valor Acrescentado] representou, em 2010, cerca de 2 mil milhões de euros.
Lusa/SOL