O objectivo é visitar o maior número possível de estruturas durante os próximos dias. Amanhã, Costa estará em Coimbra e no fim-de-semana no Norte do país, passando por Braga, Bragança, Viana do Castelo e Vila Real. Na próxima semana, desce a Aveiro, Leiria, Lisboa e Setúbal.
O plano passa por fazer plenários com os militantes, à semelhança do que aconteceu em Faro, para explicar os motivos da candidatura e debater ideias. Com as primárias na calha, Costa vai falar aos militantes, mas também aproveita para se dirigir ao país.
A pressão dos apoiantes de António Costa para as federações socialistas se pronunciarem a favor de um congresso continua numa escalada em contra-relógio. Embora algumas federações que à partida não seriam defensoras de Costa já se tenham pronunciado favoravelmente– Castelo Branco, Portalegre, Algarve, Évora e Leiria –, a maior federação, a do Porto, está dividida. Já Viseu votou esta semana contra o Congresso e Vila Real a favor. Braga, Setúbal e Lisboa são estruturas-chave com reuniões marcadas para breve. Seguem-se as restantes, até dia 22.
Convites de toda sas estações
Esta quarta-feiraà noite, no Porto, os apoiantes deCosta não levaram a votos a realização do congresso. «Não quiseram ter uma derrota na maior federação», afirma um apoiante deSeguro. «As posições dividiram-se entre Seguro e Costa», contrapõe Manuel Pizarro. A noite foi tensa, opondo o presidente da federação, José Luís Carneiro, apoiante de Seguro, ao presidente da concelhia, Manuel Pizarro.
O ambiente nas federações reflecte a tensão que opõe Seguro e Costa. O líder quer debater frente-a-frente com Costa o mais depressa possível: «Convinha começar a esclarecer quanto antes os portugueses das diferenças entre os dois», diz ao SOL fonte do gabinete de Seguro. Em cima da mesa já há convites de todas as televisões, mas Costa considera «inoportuno» debates nesta fase, refere outra fonte da campanha costista. Formalmente, até 14 de Agosto, ainda podem aparecer mais candidatos.
O confronto verbal subiu nos últimos dias. Depois de sondagens no Expresso e no i que davam uma queda do PS, Seguro culpou Costa por estes resultados, acusando-o de «irresponsabilidade» e «ambição pessoal».
*com Manuel A. Magalhães
