De acordo com a entidade, artistas, escritores, gestores culturais e investigadores de ciências sociais vão estar presentes para debater várias questões ao longo de quatro sessões, começando, na sexta-feira, às 19h00, com "O Estado das Artes".
No sábado, a partir das 11h30 será a vez de "Política e Pensamento", às 18h30 "Poesia na América Latina", e no domingo, às 15h00, "Literatura na América Latina".
O espaço de acolhimento da Festa da Literatura e do Pensamento da América Latina chama-se "Totem" e, segundo a organização, consiste numa composição arquitectónica que pretende representar de forma abstracta a América do Sul, "as suas cores, texturas e sons, funcionando como espaço de reunião, de encontro e de contemplação".
O "Totem", concebido por Tiago Rebelo de Andrade e Diogo Ramalho, do ateliê Subvert, permanecerá no Jardim Gulbenkian, junto à entrada para a Biblioteca de Arte, até Setembro.
Além da literatura e dos pensadores latino-americanos, o programa – da responsabilidade do programador António Pinto Ribeiro – inclui as áreas da música, cinema e artes plásticas.
Nesses três dias está prevista a actuação dos Real Combo Lisbonense, com uma revisitação da música de Carmem Miranda, a estreia do novo filme de Margarida Cardoso, "Yvone Kane", e um baile na garagem da Fundação Gulbenkian, na sexta-feira, animado por La Flama Blanca.
No sábado, o Real Combo Lisbonense vai apresentar no anfiteatro ao ar livre da Fundação, a partir das 21h30, um espectáculo totalmente novo, inspirado no legado de Carmem Miranda, a cantora que nasceu em Marco de Canaveses, mas que cresceu no Rio de Janeiro com o samba.
Neste espectáculo, o Real Combo Lisbonense pretende colmatar a ausência do legado de Carmem Miranda na música feita em Portugal, e irá interpretar quase três décadas de história musical através de um repertório de sambas, marchinhas e outros ritmos tropicais.
O cinema está representado no Próximo Futuro com a estreia, na segunda-feira, dia 23 de Junho, do filme "Yvone Kane", de Margarida Cardoso, uma ficção realizada em Moçambique, que conta com interpretações de Irene Ravache, Beatriz Batarda e Gonçalo Waddington, entre outros.
Esta co-produção do Próximo Futuro com a Filmes do Tejo II será projectada no anfiteatro ao ar livre, às 22h00.
A mostra inclui ainda a exposição colectiva "Artistas Comprometidos? Talvez", com curadoria de António Pinto Ribeiro.
Em Setembro, o segundo momento do Próximo Futuro, haverá também cinema e música, teatro e dança nos dias 2 a 17, numa programação que se estende a outros espaços culturais em Lisboa.
Criado pela Fundação Calouste Gulbenkian em 2009, o Próximo Futuro é um programa sobre a cultura contemporânea, que se dedica em particular à investigação e criação na Europa, em África, na América Latina e Caraíbas.
Possui uma componente de investigação e produção teóricas, através seminários e conferências, em colaboração com centros de investigação, nacionais e internacionais, e, por outro lado, a produção e programação artísticas.
Lusa/SOL