Estas posições constam de uma declaração conjunta a que a agência Lusa teve acesso e que é assinada pelo ex-Presidente da República e antigo líder do PS, Jorge Sampaio, pelo presidente honorário dos socialistas, Almeida Santos, pelo ex-candidato presidencial Manuel Alegre e pelo ex-ministro da Justiça Vera Jardim.
Os quatro ‘históricos’ socialistas consideram que "a grave situação do país precisa de um PS em condições de exercer plenamente as suas responsabilidades como principal partido da oposição, tendo em vista a criação de uma alternativa política capaz de mobilizar os portugueses para um novo ciclo com mais esperança, solidariedade e coesão social".
"A actual situação interna do PS exige uma rápida clarificação, por forma a que o seu excessivo prolongamento não venha prejudicar a responsabilidade nacional do partido e a enfraquecer ainda mais a nossa já debilitada democracia. Por isso, os signatários, sem pretenderem ultrapassar os órgãos nacionais, apelam a que os socialistas não se enganem de adversário e a que o debate se faça num clima de respeito mútuo, como é tradição do PS", lê-se na declaração.
Os quatro históricos socialistas apelam ainda "ao espírito de diálogo no sentido de ser encontrada uma solução mais rápida e compatível com as urgências do país".
"O debate interno é desejável, mas não pode arrastar-se tanto que suspenda o papel do PS no debate democrático nacional. Um partido não existe para si mesmo. A sua prioridade é sempre Portugal", acrescentam.
Lusa/SOL