Na sessão, que está a decorrer à porta fechada, Godinho recusou prestar declarações. O procurador da República João Marques Vidal, do DIAP de Aveiro – que recentemente solicitou a condenação do empresário numa pena de prisão efectiva de 16 anos no processo que terá sentença em Setembro – alegou perigo de fuga do arguido para fundamentar o seu regresso à prisão. E salientou que é insuficiente o simples termo de identidade e de residência, uma medida de coacção que é sempre obrigatória para qualquer arguido.
O advogado de Godinho, Artur Marques, contrapõe que terão expirado já há cerca de meio ano as principais medidas de coacção a que está sujeito: proibição de ausentar-se de Esmoriz, duas apresentações por semana no posto da GNR desta localidade e proibição de contactar quaisquer testemunhas ou arguidos, à excepção de um filho e de um sobrinho.
A sessão de hoje está a ser presidida pela nova juíza do processo, Marta de Carvalho, à porta fechada. A magistrada poderá tomar uma decisão ainda hoje ou então marcar uma data para se pronunciar.