Fora da Comissão Nacional houve quem conjecturasse que o militante estaria combinado com António José Seguro. É apoiante do líder do PS, mas garante ao SOL: “Não estive a fazer teatro, nem eu nem o Seguro”. Depois de uma primeira votação em que José Ribeiro votou contra, Seguro fez um apelo para que a proposta fosse aprovada. O militante de Fafe recusou “por coerência”. “Não mudava de opinião em dois minutos. Não podemos alterar as regras só quando nos dá jeito. Se porventura soubesse que iam discutir isso, que estavam todos de acordo e eu seria o único a estragar a fotografia, encontrava maneira de não estar na sala e deixava que a assembleia aprovasse”, refere.
José Ribeiro admite que “talvez seja exagerado obrigar a uma unanimidade” nestes casos – “mas são as regras que temos” – e conta que lhe custou mais votar contra na segunda vez. Para o militante, a proposta dos costistas era ilegal, por ser igual “em substância” à proposta de um Congresso electivo, chumbada pela Comissão de Jurisdição e que por isso também não chegou a ser discutida no domingo.
“Em política não vale tudo. Por responsabilidade de Costa o partido está num pântano”, considera o ex-presidente de Fafe, garantindo que, após a votação, não sentiu “qualquer hostilidade” por parte dos camaradas de partido.