"Creio que se começa a perceber que há um Governo em Portugal que não anda a resolver os problemas dos privados quando eles fazem apostas económicas erradas. Portanto, quando aplicam mal os fundos ou governam mal as suas empresas, quando isso acontece, são eles que devem pagar o preço dos seus erros e não imputá-los socialmente ao conjunto do país", afirmou Passos Coelho.
O primeiro-ministro falava no parlamento no debate do estado da Nação, em resposta ao líder parlamentar do CDS-PP, Nuno Magalhães.
O chefe de Governo referiu-se às novas regras de atribuição de fundos comunitários, começando pela sua aplicação nas empresas e na competitividade e não no Estado, conforme frisou.
"Dado que é a competitividade que está em causa, uma parte desses fundos têm que ser reembolsados. Qual é o objectivo? Tudo aquilo que tem de se devolver tem que ser bem aplicado, se não, não há para devolver. Uma parte significativa destes fundos tem de gerar crescimento necessariamente. Porque senão, aqueles que têm que os devolver têm um grande sarilho nas suas mãos", argumentou.
Passos Coelho quis também sublinhar a "regra importante, do mérito dos próprios projectos", para que tenham "viabilidade económica".
Lusa/SOL