A investigação, realizada pela Associação de Inovação e Desenvolvimento em Saúde Pública (INODES) e que será hoje apresentada em Lisboa, refere que "o total de perda para o país, correspondente aos custos de formação dos médicos e enfermeiros exportados durante esses anos, bem como a perda de produção nos respectivos anos, equivale a 234.382.495 euros em 2011 e 483.517.800 em 2012.
Apesar de os autores reconhecerem que "esta estimativa tem seguramente muitas fontes de imprecisão", consideram que "pode ser útil, na medida em que proporciona uma ideia da ordem de grandeza do problema de emigração nas profissões da saúde".
No estudo, é referido o custo médio, por aluno, com a formação destes profissionais: 72.436 por enfermeiro e 101.656 euros por médico.
Em 2011, 354 médicos e 1.724 enfermeiros solicitaram a declaração de reconhecimento de qualificações profissionais fora de Portugal.
No ano seguinte, pediram o documento 520 médicos e 2.814 enfermeiros.
No documento, os autores consideram que "há um pensamento errado de que a emigração, com a consequente diminuição de emprego, leva ao crescimento da economia".
"A «exportação» de portugueses, maioritariamente jovens qualificados, acarreta um custo económico e social brutal, sendo que muitos dos que partem não regressam, havendo um forte investimento público que é desperdiçado e aproveitado pelos países de acolhimento", lê-se no documento.
Lusa/SOL