Em comunicado, a maior estrutura sindical de professores, afecta à CGTP, refere, a título de exemplo, que a prova não foi feita, por falta de vigilantes, nas escolas secundárias de Santo António e de Santo André (Barreiro) e de Oliveira do Douro, assim como no agrupamento Afonso Henriques (Guimarães).
Antes, o Ministério da Educação e Ciência alegou que o exame não se realizou apenas numa das 88 escolas previstas, por falta de condições e "insuficiências internas que a Inspecção-Geral de Educação está a verificar".
Segundo um comunicado da tutela, noutras cinco escolas, alguns manifestantes pretenderam, "sem sucesso, pressionar os professores vigilantes e perturbar os candidatos" e em duas "registaram-se casos de candidatos que, depois de responderem à chamada e entrarem na sala, se recusaram a realizar a prova".
A nota da Fenprof enumera quase uma dezena de escolas – dos concelhos de Amares, Guarda, Viseu, Faro e Beja – onde o exame decorreu com atrasos, ou com vigilantes insuficientes.
A Federação Nacional dos Professores alega que a prova se realizou na escola secundária da Sé, na Guarda, com o edifício ocupado pela polícia, tendo os professores, que não puderam fazer em Dezembro o exame, sido "impedidos de entrar" no estabelecimento de ensino, "não constando os seus nomes em qualquer lista".
O comunicado advoga, numa referência à "baixa adesão" dos professores contratados à prova, que, na escola básica 2+3 do Viso, em Viseu, 80 por cento dos docentes não compareceram.
A lista de exemplos da Fenprof inclui mais de uma dezena de escolas onde os plenários sindicais foram interditos e em que, "por norma, foram identificados os responsáveis pela proibição das reuniões e chamados os agentes policiais".
De acordo com os números apresentados pela tutela, 50 professores deixaram de fazer a prova: dos 4.120 inscritos compareceram nos estabelecimentos, para fazer exame, 2.745 e faltaram 1.325, sobrando meia centena que não terá realizado o exame por falta de condições, por decisão sua ou outros motivos.
A prova de avaliação de conhecimentos e competências destina-se a todos os professores contratados, com menos cinco anos de serviço, que a não puderam fazer a 18 de Dezembro, devido a uma greve de docentes e a incidentes em várias escolas.
A Fenprof considera a prova uma humilhação para os professores.
Lusa/SOL