“Estas imposições não são uma restrição às liberdades das mulheres, mas sim para impedi-las de cair na vulgaridade e na auto-humilhação”, afirmou o grupo, acrescentando ainda que “qualquer pessoa que não esteja comprometida com esta causa enfrentará a devida responsabilização e punição”. E nem os manequins das lojas parecem escapar ao extremismo do ISIL.
Os extremistas sunitas, que ameaçam marchar sobre Bagdade, já tinham, durante a semana transacta, ameaçado os cristãos do Mossul. “Têm três escolhas: convertem-se ao islão, pagam uma taxa ou então a morte pela espada”, declaram os exterminas islâmicos que pretendem impor violentamente a lei islâmica na região.
Um clérigo de Mossul disse, à agência Reuters, que os jihadistas foram à sua mesquita e ordenaram-lhe para que anunciasse as novas “regras” através de um altifalante.
Os militantes do ISIL têm feito patrulhas pela cidade, obrigando toda a gente a seguir o seu código de moralidade. Segundo a Reuters, já fecharam a faculdade de Belas Artes e Educação Física, derrubaram estátuas de poetas famosos da cidade e até já proíbem as pessoas de fumar cigarros e cachimbos de água. As mulheres têm sido “orientadas” a nunca andarem sem a presença de um homem.
O exército norte-americano e as forças iraquianas estimam que o ISIL tenha pelo menos 3.000 combatentes no Iraque e esse número deverá mesmo aumentar drasticamente para os 20.000 depois do novo recrutamento de soldados ficar concluído.
Apesar da recente nomeação de Fouad Masom para Presidente do Iraque, não há sinais que os líderes políticos consigam recuperar, a curto prazo, as áreas capturadas pelos extremistas. O exército iraquiano tem-se mostrado incapaz e, neste momento as únicas forças minimamente capacitadas para desafiar os militantes sunitas são as milícias xiitas e os curdos.