O fogo de artilharia cerrado cobrou um preço alto em vidas humanas. Cerca de 100 palestinianos morreram esta terça-feira, segundo o responsável palestiniano pela saúde, Ashraf al-Kidra, citado pela AP. Só nos arredores do campo de refugiados de Jegaliya, no norte de Gaza, morreram dez membros da mesma família e 50 outras pessoas ficaram feridas, afirmaram autoridades palestinianas. “Parecia um tremor de terra”, descreveu Moussa al-Mabhouh, voluntário da defesa civil de Gaza. “Tectos caíram, as paredes abriram fendas e havia pessoas feridas por todo o lado”.
Os intensos ataques ocorreram um dia depois do primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, avisar que a guerra contra o Hamas será “demorada”, uma declaração que constituiu um golpe nos esforços internacionais para obter uma trégua efectiva nos combates.
Pelo menos 1 175 palestinianos morreram desde o início dos ataques, em 8 de Julho, segundo as autoridades palestinianas. Israel informou que 53 soldados e 3 civis foram mortos.
Israel definiu como missão terminar com o fogo de morteiros e de rockets do Hamas que atingem locais cada vez mais no interior do território israelita e também a destruição de uma sofisticada rede de túneis que tem sido usada para infiltrar militantes no estado judaico. O Hamas, por seu turno, rejeitou até agora os esforços para um cessar-fogo, até que sejam concedidas as pretensões que incluem o levantar de um bloqueio punitivo.
Veja a fotogaleria aqui.