António Galamba ataca despesismo costista

António Galamba, candidato à Federação da Área Urbana de Lisboa (FAUL) do PS, critica na sua moção política o despesismo da estrutura dirigida actualmente pelo ‘costista’ Marcos Perestrello. E exige uma auditoria às contas “que permita superar a situação de passivo de 1.239.325,29 euros. A FAUL não pode viver acima das suas possibilidades financeiras com…

Nas críticas à actual presidência, há outro ponto na mira de Galamba, que quer “fazer de uma acrescida exigência ética o padrão de conduta na FAUL, separando a política dos negócios”. A radiografia à actual FAUL é dura: «não podemos admitir que as estruturas partidárias sejam meros instrumentos de acção política interna, ligadas a lógicas clientelares, com demasiadas zonas nublosas, em que os interesses pessoais se sobrepõem ao bem comum”.

Os portugueses “exigem que quem os representa, aos mais diversos níveis, esteja livre de interesses, de promiscuidades e de lógicas clientelares”. “Não aceitam negociatas e especulações em torno da utilização dos solos”, afirma.

Os resultados nas últimas eleições nacionais também dão a Galamba, que é secretário nacional na direcção de António José Seguro, uma oportunidade para atacar Perestrello. “Não podemos voltar a ter resultados abaixo da média como nas últimas Europeias”. Uma forma de responsabilizar António Costa pelos resultados, dado que Lisboa ficou abaixo do ‘score’ obtido por Seguro a nível nacional.

A moção de António Galamba intitula-se “A Política para as Pessoas” e ao longo do texto insiste em devolver poder aos militantes, criticando o suposto elitismo actual. “A Democracia não é um regime de núcleos de dirigentes ou de elites fechadas, é um regime de cidadãos livres”. Se ganhar, promete que “a liderança deste projecto não será uma liderança de facção”.

manuel.a.magalhaes@sol.pt