Segundo o deputado do PCP, que falava aos jornalistas em Faro, à margem de uma festa comício que o partido promove na cidade, a proposta visa, por um lado, "evitar que sejam mobilizados fundos públicos para suportar os prejuízos do banco", mas também apurar "todas as responsabilidades" que levem à clarificação da situação do banco.
O deputado acusou ainda o Governo e o Banco de Portugal de "inacção", considerando "inaceitável" que o plano de recapitalização do banco implique que sejam os portugueses a pagar as dívidas e criticando as contradições nas declarações dos membros do Governo e as notícias que dão conta da entrada de capital público no banco.
"A ministra das Finanças ainda há uns dias, na Assembleia da República, dizia que tudo apontava no sentido de não ser necessária a utilização de fundos públicos e agora somos confrontados com notícias que apontam para que esteja em preparação um processo em que precisamente os fundos públicos, ou seja, os portugueses, são mais uma vez chamados a suportar prejuízos de um banco", afirmou.
Para João Oliveira devem ser os accionistas do banco a serem "chamados a responder" e deve ser o património dos accionistas, nomeadamente da família Espírito Santo, que deve ser usado para cobrir as dívidas do BES.
SOL/Lusa