"Todas as medidas possíveis devem ser tomadas de forma urgente para evitar uma atrocidade em massa e um potencial genocídio dentro de dias ", declarou a especialista para os direitos das minorias da ONU, Rita Izsak. "Os civis precisam rapidamente de ser protegidos e escoltados para fora desta situações de extremo perigo”, acrescentou Izsak, em comunicado, defendendo ainda que tanto Governo iraquiano como a comunidade internacional devem tomar a responsabilidade de proteger estas populações.
Milhares de refugiados yazidis estão presos nas montanhas de Sinjar, quase sem alimentos e água. Estão cercados pelos jihadistas sunitas do Estado Islâmico do Iraque e do Levante, que controlam grande parte do norte do Iraque e do leste da Síria.
“Estamos perante uma tragédia que pode tomar proporções terríveis, milhares de pessoas correm um risco imediato de morrerem à sede ou de serem mortas violentamente”, afirmou Chaloka Beyani, representante da ONU para os direitos dos refugiados. “A ajuda humanitária deve chegar o mais rápido possível, não se deve poupar esforços para proteger todos os grupos deslocados à força neste conflito", concluiu.
O grupo sunita lançou uma ofensiva no dia 9 de Junho, dirigida contra yazidis e cristãos em Mossul, segunda maior cidade do país.
“Têm três escolhas: convertem-se ao islão, pagam uma taxa, ou então a morte pela espada”, já tinham ameaçado os extremistas, em comunicado, em meados de Julho.
As mulheres estão a ser das principais vítimas das atrocidades. "Temos informações de mulheres executadas e temos relatórios que fornecem sérios indícios de que centenas de mulheres e crianças foram sequestradas, muitos adolescentes foram atacados sexualmente e mulheres foram vendidas pelos insurgentes ", esclareceu Eashida Manjoo, membro da ONU.
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