Professores que ainda não conhecem os seus horários nem sabem se irão ter turmas e docentes que aderiram ao programa de rescisões mas que irão ter horários atribuídos em Setembro são algumas das críticas feitas hoje pela Fenprof que lembra que as aulas estão prestes a começar.
Segundo a Fenprof, as escolas só hoje vão começar a colocar numa plataforma electrónica os nomes dos professores que vão ficar sem componente lectiva atribuída.
Este processo deverá estar concluído na próxima segunda-feira e, só depois, poderão ser realizados os concursos para que estes professores possam concorrer a outros estabelecimentos.
"Quando tudo deveria estar já tranquilo com vista ao reinício das atividades escolares, o Ministério da Educação e Ciência (MEC) continua a lançar factores de perturbação sobre as escolas simplesmente por não ter feito o que deveria no momento certo", lê-se no comunicado.
Outra das críticas feitas pela Fenprof prende-se com a decisão do Ministério em atribuir horários aos 3.606 docentes que aderiram ao programa de rescisões por mútuo acordo, lançado no final do ano passado.
Para a Fenprof, esta medida do Ministério vai tornar a situação nas escolas "ainda mais confusa" e vai prejudicar os alunos que "serão igualmente penalizados com a mudança de professor já depois de iniciado o ano lectivo".
O MEC explicou que optou por esta solução – atribuir horários aos docentes que aderiram ao programa – para garantir que estes professores não fiquem sem horários e sem o seu processo concluído, uma vez que a decisão final cabe ao Ministério das Finanças e os próprios professores podem optar por desistir do processo.
Lusa/SOL