A contar com o anúncio da coligação para as legislativas de 2015 para a rentrée política, a Universidade de Verão era vista no PSD como uma oportunidade para Passos pegar no tema. “Mesmo sem o assunto ter sido ainda discutido nos órgãos do partido, há sempre formas de dizer as coisas e de pôr tudo a mexer, respeitando depois o que está previsto nos estatutos”, apontava ao SOL uma fonte social-democrata, no início da semana passada, quando a expectativa era ainda para que o anúncio fosse feito já no início de Setembro.
O arrefecimento das relações entre PSD e CDS por causa do Orçamento Rectificativo e a aproximação das eleições primárias no PS veio, contudo, baralhar as contas de quem esperava que o acordo com o CDS pudesse acabar por ser um dos temas a marcar aquele que é um dos eventos mais importantes no calendário social-democrata.
De resto, o programa da Universidade de Verão do PSD não conta com a participação de nenhum centrista. A Castelo de Vide irão personalidades como António Vitorino, Daniel Bessa, António Barreto e até o fundador do Partido Livre, Rui Tavares. Mas do lado do CDS não está prevista qualquer intervenção.