A vítima, David Haines, era um britânico de 44 anos, pai de duas crianças, que trabalhava na assistência humanitária à população desalojada pela guerra civil síria. Era um veterano em cenários de conflito, tendo também prestado auxílio na Líbia e no Sudão do Sul. Fora raptado em Março de 2013 por um gangue criminoso, tendo sido vendido posteriormente ao Estado Islâmico.
O vídeo da decapitação foi publicado poucas horas após a família ter feito um pedido público pela sua libertação.
O Foreign Office britânico está a trabalhar ainda para verificar a veracidade da película, mas esta foi tacitamente confirmada pelo primeiro-ministro David Cameron, que através do Twitter considerou a decapitação de Haines um acto de "pura maldade".
"O meu coração está com a família de Haines, que mostrou ter uma grande coragem", escreveu naquela rede social.
"Vamos fazer tudo o que estiver a nosso alcance para caçar estes assassinos e ter a certeza que será feita justiça, leve o tempo que levar", prometeu o líder conservador.
Haines tinha aparecido no vídeo da decapitação do jornalista norte-americano Steven Sotloff. No filme mais recente, é visto a responsabilizar Cameron pelo seu destino.
" O meu nome é David Haines e declaro aqui que David Cameron é o responsável pela minha execução", disse no vídeo agora divulgado.
"[Cameron] aliou-se voluntariamente aos EUA contra o EI, tal como Tony Blair fez. (…) Os primeiros-ministros britânicos não conseguem dizer que não aos americanos", acrescentou.
A leitura presumivelmente forçada de declarações hostis aos governos de Londres e Washington por parte dos reféns tem sido uma das marcas distintivas dos vídeos de execuções do EI. Outro é a presença de um refém adicional, sob a ameaça de execução futura. Desta vez, o cenário repetiu-se com a ameaça de decapitação de um segundo cidadão britânico ainda por identificar.