Eduardo Pereira, da associação de pais, explicou à Lusa que o lenço verde no portão principal é um gesto simbólico que pretende demonstrar que os pais e alunos ainda têm esperança que o problema se vai resolver.
As obras de remodelação da escola pararam no final de 2012, por dificuldades financeiras do empreiteiro, quando só estava concluída uma das três fases da intervenção.
Desde então, as actividades lectivas decorreram repartidas pelas partes nova e velha da escola, com a direcção do estabelecimento a denunciar publicamente as condições precárias de trabalho e até de segurança.
Nos últimos dias, foram colocados contentores para ali decorrerem as actividades no novo ano lectivo.
Esta manhã, os alunos concentraram-se à entrada da escola, exibindo um grande cartaz, no qual se podia ler "Sem revolução não existe solução".
No local, os representantes dos pais aguardavam às 09h30 um contacto do Ministério da Educação sobre a situação.
"Queremos saber quando começam as obras", disse Eduardo Pereira.
O dirigente adiantou já ter sido informado que na terça-feira haverá nova reunião entre a Parque Escolar e o empreiteiro para tentar desbloquear o problema, estando em causa uma garantia bancária exigida à construtora pela empresa do Estado.
Questionado pela Lusa sobre até quando vai durar o protesto de hoje, respondeu que não sabe ainda, mas admitiu que poderá acabar logo que haja um contacto da tutela com os pais, apontando uma solução.
Se isso acontecer, prometeu, serão dadas duas semanas para que as obras recomecem. Se tal não ocorrer, avisou ainda, os pais fecharão a escola por tempo indeterminado.
O director do estabelecimento, José Teixeira, disse à Lusa compreender a atitude dos pais e dos alunos, que espera possa ajudar a desbloquear o problema.
O dirigente sublinhou, não obstante, que a recente colocação dos contentores é uma solução muito melhor do que as aulas continuarem a decorrer parcialmente na parte antiga do estabelecimento.
Lusa/SOL