O Telegraph, que cita o jornal alemão Suddeutsche Zeitung, escreve que foi o próprio Poroshenko a relatar a conversa à União Europeia.
“Se eu quisesse, teria tropas russas não só em Kiev, como em Riga (capital da Letónia), em Vilnius (Lituânia), em Tallinn, (Estónia), em Varsóvia (Polónia) e em Bucareste (Roménia) em apenas dois dias”, terá dito Putin ao telefone com o presidente ucraniano.
Note-se que todos os países referidos pelo Presidente fazem parte da NATO. Ou seja, segundo o Tratado do Atlântico Norte, têm garantia de segurança e os seus agressores risco de retaliação imediata, pois “um ataque a um dos países [da aliança] é um ataque a todos”.
Esta garantia foi, aliás, sublinhada pelo Presidente norte-americano Barack Obama, no início de Setembro, em Tallinn.
Uma ameaça semelhante e recente fez também correr muita tinta nos jornais, quando o presidente cessante da Comissão Europeia, Durão Barroso, terá afirmado que Putin lhe tinha dito que poderia tomar Kiev em duas semanas se assim o quisesse.
No entanto, após o Presidente russo ter desmentido tal declaração e ter ameaçado divulgar toda a conversa telefónica, o português veio clarificar que a conversa privada tinha sido relatada “fora do contexto” e de forma “distorcida".