Aquela associação recolheu amostras de ar e de material que poderia conter amianto em 23 escolas do ensino básico e secundário de todo o País. As análises confirmaram a presença de amianto em 13 (que constam da lista de edifícios públicos que presumidamente contêm amianto, publicada em Julho no Portal do Governo), revela o mesmo documento.
Em quatro dos estabelecimentos analisados pelos técnicos da DECO – o Agrupamento de Escolas de Peniche e nas escolas básicas Nuno Gonçalves (Lisboa), São Julião da Barra (Oeiras) e Fernando Casimiro da Silva (Rio Maior) –, as placas que incluem amianto estão deterioradas, “com risco de libertarem fibras perigosas”. Por isso, a “associação de consumidores defende a sua remoção imediata. Nas restantes nove escolas que incluem amianto, os materiais aparentam bom estado de conservação, sendo preferível não remover e manter a área sob vigilância”.
O estudo revela outros dados preocupantes: “70% das escolas analisadas apresentaram níveis elevados de partículas finas PM2,5 e de dióxido de carbono. Nas salas de aula de três escolas, foi ultrapassado o valor legislado para os compostos orgânicos voláteis e, em nove, havia níveis preocupantes de contaminação microbiana, incluindo bactérias e fungos que podem precipitar infecções”.
Em causa, defende ainda a associação de defesa do consumidor, está a necessidade de controlar o interior dos edifícios públicos através da legislação: “A lei deveria impor o respectivo controlo, com uma periodicidade bem definida”.