"Quanto mais pessoas participarem mais autêntica será a voz dos portugueses a expressarem-se nestas eleições e a responder à questão de quem está em melhores condições de ser o próximo primeiro-ministro", disse Costa aos jornalistas depois de votar esta manhã na sede da Federação da Área Urbana de Lisboa (FAUL), no Saldanha.
Declarando ter notícias de "todo o país" de uma grande adesão às urnas, Costa diz estar "obviamente optimista" para uma vitória no sufrágio.
Cerca de 250 mil simpatizantes e militantes socialistas escolhem hoje entre o secretário-geral António José Seguro e o presidente da Câmara de Lisboa, António Costa, o candidato do PS a primeiro-ministro nas próximas eleições legislativas.
Aos jornalistas, António Costa manifestou o desejo de que já "amanhã" o PS "parta coeso para a próxima etapa", a de disputar as legislativas.
A escolha entre si e Seguro, realçou ainda, não diz respeito somente ao PS mas tem que ver com todo o país, embora frisando não ter a "menor dúvida" de que em caso de vitória irá conseguir o PS.
"Este resultado vai ser muito expressivo. Não tenho dúvidas", declarou, antes de reforçar que este é o "momento da decisão" e a partir de hoje o partido entra numa "nova vida".
Se o actual secretário-geral do PS vencer as eleições primárias, António José Seguro será confirmado como candidato a primeiro-ministro pelos socialistas nas próximas legislativas e, como tal, o calendário interno deste partido poucas alterações terá.
Se for o presidente da Câmara de Lisboa a vencer as primárias, António José Seguro já fez saber que se demitirá da liderança e, nesse caso, Costa quererá convocar o mais rapidamente possível eleições directas para o cargo de secretário-geral e um congresso extraordinário do PS.
As eleições primárias foram uma iniciativa lançada por António José Seguro no final de Maio, após António Costa se ter mostrado insatisfeito com a dimensão do triunfo do PS nas eleições europeias e de se ter manifestado disponível para avançar para a liderança deste partido.
Seguiram-se três meses e meio de uma dura e intensa luta interna entre os apoiantes de António José Seguro e António Costa, que teve como um dos raros momentos de consenso a eleição do ex-ministro socialista Jorge Coelho para a presidência da comissão eleitoral das primárias.
Lusa/SOL