“Como o PCP tem sublinhado, a questão essencial e decisiva é, não a mudança de rostos ou estilos mais adequados para perpetuar a política de direita que o PS protagoniza, mas sim, e pelo contrário, a rutura como rumo de declínio e submissão aos interesses do grande capital e à União Europeia e a construção de uma política patriótica e de esquerda que assegure a elevação das condições de vida do povo, o progresso social e o desenvolvimento soberano do país”, explica o partido comunista, num comunicado enviado à agência Lusa.
António Costa venceu domingo as primárias do PS, ao recolher 118.454 dos 174.516 votos que os militantes e simpatizantes do partido depositaram nas urnas.
Com este resultado, António Costa conquistou 67,88% dos votos dos socialistas, contra 31,65%, ou 55.239 votos, de António José Seguro.
Os resultados das primárias do PS estão fechados, mas a página da Internet www.psprimarias2014.pt salienta-se serem ainda resultados finais provisórios.
Para o PCP, o desfecho da disputa das primárias diz respeito ao PS e “à sua vida interna” e “não revela particularmente em matéria de opções, posicionamento e orientações políticas do PS”.
Segundo o PCP, o país “foi obrigado” a assistir a “uma encenação” nos últimos meses, a qual revelou “a quase total identidade de propostas e projecto dos dois candidatos com o percurso e alinhamento do PS ao longo dos anos com a política de direita”.
Lusa/SOL