A decisão quanto aos prazos será tomada numa reunião da Comissão Nacional, marcada para o próximo dia 14. Costa já antecipou, na quinta-feira à noite, na Quadratura do Círculo, na SIC Notícias, que quer as eleições directos marcadas para 21 de Novembro e o Congresso no fim-de-semana seguinte, a 29 e 30.
“Tendo em conta que está tudo resolvido em termos políticos, os prazos podem ser mais curtos”, afirma ao SOL Pedro Alves, apoiante de António Costa, sublinhando que “não há obrigação estatutária de serem cumpridos os 60 dias” para a realização do Congresso.
A ideia dos costistas é encurtar os prazos que costumam ser adoptados, pelos quais o processo só estaria concluído a meio de Dezembro. Por isso, defendem que as directas se realizem um mês após a Comissão Nacional, tendo em conta que há datas para a entrega de listas e outras formalidades a cumprir. E que o Congresso seja marcado para o fim-de-semana seguinte às directas, uma vez que não há nada que o impeça.
Já a eleição da nova direcção do Secretariado pode ser feita no fim-de-semana após o Congresso. Ou seja, encurtando os prazos ao máximo, tudo indica que António Costa poderá ser formalmente líder do PS com uma direcção eleita no final de Novembro.
Segundo fonte próxima do processo, Costa e a presidente do partido, Maria de Belém, têm estado “em articulação” para resolver a questão dos prazos.
Apesar de desejarem despachar o processo, os costistas não querem que o calendário choque com a discussão do Orçamento do Estado, no Parlamento – a primeira prova de fogo da nova liderança. “Queremos articular as duas coisas”, afirma Pedro Alves.