Os dois ministros têm estado debaixo de fogo, com a oposição a exigir as suas demissões ao longo das úlimas semanas. Nuno Crato por causa dos problemas gerados em torno da colocação dos professores. E Paula Teixeira da Cruz devido ao caos que se gerou e quase paralisou os tribunais com o programa citius.
“Só significa que acertei quando o escolhi para ministro da Educação”, sublinhou esta tarde Passos Coelho no seu discurso proferido na inauguração do novo Centro Escolar de Forjões, em Esposende, elogiando a forma como o ministro da Educação se empenhou na resolução do problema da colocação dos professores.
Já a ministra da Justiça afirmou hoje que assim que tiver o relatório sobre os problemas da plataforma informática Citius será aberto um inquérito interno. “É meu timbre apurar responsabilidades e é isso que vamos fazer e depois actuar em função desse mesmo apuramento”, disse, adiantando que vai decorrer um inquérito interno assim que for entregue o relatório do Instituto de Gestão Financeira e dos Equipamentos da Justiça.
Mais, acrescentou Teixeira da Cruz: “Para mim seria até do ponto de vista pessoal muito confortável, mas eu não faço as coisas antes de as deixar resolvidas”. “Há uma coisa que para mim é evidente. Alguém que inicia reformas, que diz que os tempos de impunidade vão terminar, que faz reformas em todas as áreas, que mexe nos prazos de prescrição … estavam a pensar que não estava à espera que qualquer pretexto que surgisse que iria ser multiplicado? Claro que estava”, assegurou.