"Claro que estão [melhor]. Os países que tiveram de aplicar programas de ajustamento estavam muito perto da bancarrota. Se não fosse a intervenção europeia teria sido uma tragédia muito maior", disse Durão Barroso aos jornalistas, no final da apresentação em Estrasburgo (França) do livro "Os anos Barroso", escrito por dois historiadores.
Barroso sublinhou que, "se não fosse a União Europeia a ajudar como ajudou, Portugal estaria numa situação muito mais grave".
Durão Barroso disse que, graças à intervenção europeia, os cidadãos não tiveram de passar por situações de bancarrota.
"As pessoas sabem o que é chegar a um banco e o seu dinheiro desaparecer totalmente? As pessoas sabem o que é um país não ter dinheiro para pagar funcionários públicos mais um mês", questionou.
Durão Barroso já tinha feito na terça-feira à tarde o balanço do seu segundo mandato na sessão plenária do Parlamento Europeu, em Estrasburgo, naquele que foi um dos últimos discursos enquanto chefe do executivo comunitário e que terminou precisamente a despedir-se em várias línguas: "Auf Wiedersehen, goodbye, au revoir, adeus".
Num tom positivo que dominou o discurso, e em que evitou temas como o problema do desemprego, Barroso considerou hoje que deixa o cargo com a União Europeia mais forte e melhor preparada para fazer face a novas crises.
"Claro que ainda há muitas dificuldades, sim, mas não se esqueçam onde estivemos. Estivemos perto da bancarrota em alguns Estados-membros", concluiu.
Lusa/SOL