Segundo o assessor de um deputado da oposição, Park Byeong-seok, os Serviços de Informações sul-coreanos declararam no Parlamento que em Setembro ou Outubro um médico estrangeiro tinha operado Kim a um quisto no tornozelo direito.
Os ‘espiões’ terão falado aos deputados numa reunião à porta-fechada e acrescentado que a obesidade de Kim, os seus hábitos tabágicos e uma agenda apertada tornam real a possibilidade de uma recidiva, relatou ainda Park.
Outro assessor, desta vez de um deputado da maioria, acrescentou que o ditador sofre da síndrome do túnel társico (doença em que se dá a compressão de um nervo, por vezes por causa de um quisto).
Não houve explicações para o modo como os serviço secretos do Sul obtiveram esta informação. Mas o estado do tornozelo de Kim – que depois de uma ausência de mês e meio, e após muita especulação, reapareceu mais magro e de bengala a 14 de Outubro – não foi a nota mais importante que deram aos deputados.
Este último assessor, Lim Dae-seong, contou que tinha sido relatada a expansão de cinco dos campos de prisioneiros políticos mantidos por Pyongyang – onde se crê estarem detidas cerca de 100 mil pessoas.
E também que os serviços secretos do seu país acreditam que a Coreia do Norte executou recentemente um grupo de pessoas próximas de Jang Song Thaek, o tio de Kim Jong Un que chegou a ser o nº 2 do regime antes de cair em desgraça e ser executado em Dezembro de 2013.
Os Serviços de Informações sul-coreanos nem sempre têm acertado em relação ao Norte, mas neste caso concreto mostraram estar bem informados, tendo dado notícia da queda de Jang antes de o Norte anunciar a sua prisão.
* Com AP