Passos Coelho, que chegou aos Açores no domingo, começa o dia com um pequeno-almoço num conhecido café da Horta, partindo em seguida, de barco, para a ilha do Pico.
No Pico, o primeiro-ministro passeia pelo centro, visita a Câmara Municipal local e a vinha da ilha, que este ano celebra os dez anos de classificação como Património da Humanidade da Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (UNESCO).
À tarde, o primeiro-ministro segue para a ilha Terceira, onde visitará a Base das Lajes. A anunciada redução do contingente norte-americano – que caminha actualmente para o segundo ano de adiamento – deverá ser um dos assuntos em destaque.
O presidente do Governo Regional dos Açores, Vasco Cordeiro, tem insistido que os EUA têm de honrar "a relação diplomática de décadas que à volta da base das Lajes une os EUA e Portugal".
A contribuição estimada dos Estados Unidos para a economia dos Açores, devido às Lajes, situa-se entre 105 e 150 milhões de dólares/ano (cerca de 82 a 117 milhões de euros), o que representa 3% do PIB da região e perto de 14% do PIB da Terceira, onde a base é o maior empregador, segundo um relatório de empresários norte-americanos que visitaram a ilha em 2013.
Na Terceira, Passos Coelho encontra-se ainda com o Representante da República e com o presidente da Associação de Municípios da Região Autónoma dos Açores, os seus últimos atos oficiais no arquipélago de onde parte na quarta-feira de manhã, regressando a Lisboa.
Na segunda-feira, no primeiro dia de programa oficial, Passos Coelho reuniu-se em Ponta Delgada (ilha de São Miguel) com o presidente do Governo Regional, Vasco Cordeiro, e no final manifestou abertura para baixar os impostos nos Açores, através da revisão do diferencial fiscal, embora sem fixar prazos e valores.
O chamado diferencial fiscal das regiões autónomas (a diminuição máxima que os impostos podem ter em relação ao continente) passou de 30 para 20 por cento este ano, na sequência de uma revisão da lei das finanças regionais, no ano passado, que resultou do memorando de entendimento assinado com a 'troika'.
No final do encontro com Vasco Cordeiro, o primeiro-ministro disse ainda acreditar que as ligações aéreas aos Açores estarão liberalizadas no Verão de 2015, depois de "um entendimento perfeito" alcançado com o Governo Regional em relação aos aspetos que estavam a bloquear o dossiê.
No final do dia de segunda-feira, o primeiro-ministro partiu para a ilha do Faial, onde visitou o Departamento de Oceanografia e Pescas da Universidade dos Açores, um centro de investigação ligado ao mar.
Lusa/SOL