Vem isto a propósito dos auto-elogios de Durão Barroso, no Parlamento Europeu, na sua despedida de presidente da Comissão. Não se poderia ter arranjado uma malta do Partido Conservador Europeu, para o elogiar um bocadinho, dispensando-o do espectáculo triste? Ou alguns a quem ele tanto serviu e que para isso o escolheram, como Merkel, não podiam tratá-lo como empregado superior, em vez do subalterno em que não se repara? Ao menos uns aplausos mais convictos, no final do discurso.
Enfim , vamos ter de continuar a conviver com os auto-elogios em politica – e com a falta de merecimento que eles implicam.
Desculpem lá só aqueles que acham que tratando-se de um português num cargo internacional, devíamos reagir com o nacionalismo mais serôdio, digamos ‘à castelhana’,desfazendo-nos apenas em encómios.