No final de um discurso em Lisboa no 'International Club de Portugal', já na fase de perguntas e respostas, o presidente da União Nacional para a Independência Total de Angola (UNITA) admitiu ter sido "tentado a colocar o BESA no discurso", mas explicou que "como há uma evolução todos os dias", achou ser "um terreno escorregadio que não devia mencionar".
Há várias questões, disse, "que configuram inconstitucionalidades e uma atitude e comportamento não transparente" das autoridades, disse o presidente da UNITA, respondendo a uma questão do deputado do CDS-PP José Ribeiro e Castro, que integra a comissão de inquérito ao que se passou na gestão do grupo e do banco Espírito Santo.
O Banco Espírito Santo Angola (BESA) vai passar a assumir a denominação de Banco Económico SA e entre os novos accionistas encontram-se o grupo público angolano Sonangol e o Novo Banco português, informou na quarta-feira o Banco Nacional de Angola.
As alterações foram decididas durante uma assembleia-geral extraordinária de accionistas, realizada em Luanda, em cumprimento das determinações do banco central angolano, que assim vai cessar a intervenção no BESA.
Na mesma informação, o Banco Nacional de Angola (BNA) esclarece que "se confirmou a subscrição do capital social", conforme o próprio banco central tinha deliberado, há uma semana, no âmbito das medidas de saneamento e da intervenção directa no BESA.
Embora sem revelar o peso de cada participação, o BNA informa que "sob aprovação prévia do regulador", a assembleia-geral decidiu pela "continuidade do acionista Geni, S.A.", que anteriormente detinha uma participação de 18,99 por cento.
A nova estrutura accionista envolveu também a entrada para o capital do agora Banco Económico da Lektron Capital, do grupo petrolífero estatal Sonangol e do português Novo Banco.
A estrutura anterior era composta ainda pelo Banco Espírito Santo (BES) com 55,71%, e pela Portmill, com 24%, participações que, conforme o BNA já tinha anunciado anteriormente, foram diluídas face ao aumento de capital.
Lusa/SOL