Velosa garante que até esta terça de manhã ele e os seus colegas eleitos pela Madeira tinham das Finanças a promessa de haver verbas para o fundo de coesão regional. O Governo acabou, no entanto, por não cumprir o prometido e os votos contra vão agora valer processos disciplinares aos sociais-democratas madeirenses.
Nos últimos dias, os deputados madeirenses tinham-se batido por dois pontos: a inclusão de verbas para o fundo de coesão regional e a atribuição de um dinheiro para pagar as obras dos estragos do temporal de 2010, que até agora não chegaram à Madeira.
Hugo Velosa explicou ao SOL que, depois de várias conversas, tinham obtido do Ministério das Finanças a garantia de que haveria verbas para o fundo de coesão regional, uma vez que até ao final do ano seria revisto o PIB da região.
Esta terça-feira, momentos antes da votação final global do OE2015, os deputados madeirenses do PSD descobriram que, afinal, o compromisso que tinha ficado definido com o Governo não era válido.
“Houve uma quebra de palavra por parte do Governo”, assume Hugo Velosa, que classifica a atitude das Finanças como grave. “A lealdade em política é algo muito importante”, frisa o deputado que, por ter votado contra o Orçamento, se arrisca agora a um processo disciplinar.
“Os processos disciplinares são inevitáveis. Eu e os meus colegas somos deputados há muitos anos nesta casa e sabemos as regras”, reage Velosa, explicando que falou mais alto o “compromisso” que assumiu com os eleitores madeirenses.
“Estou cá há 19 anos e em todas as campanhas eleitorais defendi sempre que devia actuar de acordo com os interesses da região que me elegeu”, sublinha, defendendo que o voto de cada deputado “é uma questão de consciência de cada um”.