“Curioso, durante todo o interrogatório os arguidos não foram nunca confrontados com um único facto concreto de corrupção. #oops”, escreveu Alda Telles.
Esta afirmação, que aparentemente divulga o conteúdo dos interrogatórios, servia para sustentar a tese de que o caso contra Sócrates estaria mal sustentado, pois – alegava – o branqueamento de capitais dependia da existência prévia de corrupção. “Ora, sem crime a montante, por ex.º corrupção, não há branqueamento de capitais. #oops”, sustenta Alda Telles, que é consultora de comunicação.
Estes tweets foram alvo de críticas. “Violação do segredo de justiça”, escreve mplopes. Que acrescenta: “boa demo da lógica do cavar mais fundo. Critica falha do segredo de justiça. Q faz a seguir? Viola-o tb, como mulher do advogado”.
Alda Telles respondeu com ironia: “segredo de justiça? Esse mcguffin do filme de série B que é Portugal?”.
No final do interrogatório, João Araújo disse apenas aos jornalistas, sobre a medida de coacção imposta a José Sócrates, que "a decisão é profundamente injusta e injustificada" e que vai "interpor recurso" da prisão preventiva do ex-primeiro-ministro.