Do “Gladiador” Sócrates ao “romântico” Costa

A música de entrada e saída de um político é escolhida a dedo e marca um estilo. Johannes Brahms, compositor alemão e uma das figuras do Romantismo europeu no séc. XIX, foi o escolhido por António Costa para a sua entrada e saída do palco. 

Do “Gladiador” Sócrates ao “romântico” Costa

À chegada ao Congresso, os socialistas foram brindados “com um brilhozinho nos olhos”. A música de Sérgio Godinho era a banda sonora de um filme com imagens de António Costa a preto e branco que passava nos dois ecrãs gigantes e traçava um pouco da biografia do secretário-geral. 

Foi a Sinfonia n.º 1 de Brahms que acompanhou a chegada ao palco de António Costa, enquanto que a Abertura Festival Académico, do mesmo compositor, marcou a saída e aclamação do secretário-geral. A primeira mais solene, a segunda mais alegre, ambas menos dramáticas que as músicas eleitas pelos seus antecessores. 

Na noite da vitória nas primárias, Costa tinha escolhido uma música do filme “2001: Uma Odisseia no Espaço”, “Assim falou Zarathrusta”, para ser aclamado. 

Foi António Guterres quem inaugurou a moda, em 1995, com uma música dos Vangelis, “1492”. José Sócrates trocou-a pela banda sonora do filme “O Gladiador”, uma música galvanizadora que o acompanhou em todos os comícios de campanha. Já António José Seguro escolheu o tema principal da série norte-americana “Norte e Sul”. 

sonia.cerdeira@sol.pt