Logo nas primeiras palavras, Silva Pereira disse ao que vinha. "Por esta altura é já clara a mensagem primeira deste congresso: este PS não se engana nas suas prioridades. Sabemos bem qual é a nossa tarefa principal, é fazer a oposição forte e firme que os portugueses querem que seja feita a este Governo de direita e construir a alternativa política", disse. "É para isso e mais nada que estamos aqui", avisou.
Considerou que é necessária "uma oposição capaz de dizer umas quantas verdades a este Governo de direita", que "enganou os portugueses desde o primeiro dia do seu mandato", lançando "o país numa aventura irresponsável". Silva Pereira acusou o Governo de "caçar o voto aos portugueses".
O socialista enumerou as políticas falhadas da direita, da falta de consolidação das contas públicas, à não reforma do Estado e aos ataques às políticas sociais. Atacou o governo, que foi além da troika "e ajoelhou perante a Europa", falhando ainda "nos resultados" do controle do défice e do desenvolvimento estrutural.
"É chegado o tempo de construir uma alternativa, que ao contrário do discurso da direita, não é uma alternativa de endividamento", disse. "É redondamente falsa a alternativa entre endividamento e empobrecimento", reiterou.
O ex-ministro referiu-se a "um PS orgulhoso da sua História. Firme nos seus valores e ideais". E disse que o partido tem um "valor extraordinário, que é uma liderança que os portugueses conhecem e valorizam", a de António Costa.
Já a direita, pode ter "uma maioria, um Governo e um Presidente", "isso dá-lhes poder mas não lhes dá futuro". O que dá futuro "é uma liderança capaz de dar confiança" e "isso o PS tem", concluiu.