A pergunta dirigida a Paulo Portas foi feita pelo vice-presidente da bancada socialista Luís Pita Ameixa, na qual se interroga ainda o também presidente do CDS sobre os prejuízos que esse inquérito poderá provocar em termos de "imprevisibilidade no sistema".
Para o deputado do PS, entre o vice-primeiro-ministro e a titular da pasta da Administração Interna parece ser "patente que existe um diferente entendimento acerca da gravidade do que ocorreu na atribuição de vistos 'gold' e nas ilações a extrair daí.
"E também parece haver diferentes entendimentos dentro do Governo ao nível das consequências para os interesses do país por se investigar o que se passou. Enquanto a ministra da Administração Interna parece procurar a transparência e limpeza dos processos, eventualmente inquinados, o vice-primeiro-ministro aparece a recusar-se a sindicar a atribuição dos vistos e contra a eventualidade de os rever", sustenta o dirigente da bancada socialista.
De acordo com Pita Ameixa, "importa ter a certeza que haverá, até ao fim uma auditoria ao modo de atribuição de vistos 'gold', incluindo auditoria também aos processos de vistos já atribuídos, e que daí se retirarão as consequências que forem devidas".
"Ou que a suposta imprevisibilidade que, alegadamente, o inquérito vem introduzir nos vistos atribuídos ou a atribuir não seja erigida em obstáculo a que do mesmo se retirem todas as devidas consequências", adverte o vice-presidente do Grupo Parlamentar do PS.
Lusa/SOL