Era Álvaro Beleza, pelo lado dos seguristas, quem iria liderar o processo de acordo nas listas com António Costa. A ala afecta a António José Seguro tinha direito a cerca de 30% dos lugares nos órgãos internos. Costa acabou por afastá-los do Secretariado e ficaram apenas na Comissão Política e na Comissão Nacional.
A lista apresentada por Beleza ao final da noite de sábado – e que andava a ser discutida há pelo menos três semanas -, acabou por não ser a mesma de domingo de manhã, surpreendendo alguns seguristas . O grupo dos 'escuteiros' liderado por Miguel Laranjeiro, com António Galamba, Miguel Ginestal, Rui Solheiro e José Luís Carneiro, pretendia alterações e a discussão prolongou-se pela madrugada. “O Álvaro é uma jóia mas inexperiente nestas coisas. Passaram-no a ferro”, afirma ao SOL um segurista.
A ala mais moderada, com Álvaro Beleza à cabeça e Eurico Brilhante Dias, Jorge Seguro Sanches, Alberto Martins, António Braga e José Junqueiro já se começava a afastar deste núcleo duro ainda durante a campanha das primárias. “Houve uma campanha feita com menos urbanidade. Achávamos excessivo um certo tipo de discurso e isso dividiu-nos logo na altura”, conta a mesma fonte.
Francisco Assis, ao sair do Congresso sem falar, tornou-se na face mais visível da oposição interna.
Ideologicamente, à direita da linha que prevaleceu. Mas, para já, ninguém se posiciona para desafiar Costa.