Trata-se de um caso que se passou em Fevereiro, na ilha de São Miguel, e o homem estava acusado de tentar violar esta mulher, desempregada, prometendo-lhe emprego.
O homem, de 39 anos, chegou a tribunal acusado de aliciar várias mulheres, garantindo-lhes emprego na área das limpezas, mas algumas delas acabariam por desconfiar destas propostas e, contactando o Centro de Emprego, acabaram por perceber que se tratavam de falsas ofertas de trabalho.
Segundo a acusação, as mulheres eram abordadas pelo homem no Centro de Emprego.
Uma delas acabaria por aceitar um encontro com o homem pensando ser real a proposta.
Segundo a acusação, o homem conduziu a mulher para um local isolado e encostou-lhe uma faca, mas a vítima conseguiu fugir.
Durante o julgamento deste caso, que decorreu à porta fechada, o homem negou que pretendesse manter com a vítima relações sexuais e negou ter uma faca, segundo relatou o juiz
Contudo, e na leitura do acórdão, o juiz referiu que, e segundo as testemunhas ouvidas e a ofendida, o homem "fazia-se passar por alguém que pretendia angariar mulheres de limpeza", realizando, nalguns casos, "entrevistas".
De acordo com o juiz, o homem "forjou uma realidade laboral para chegar a mulheres" e "conseguir trato sexual", acrescentando que "não houve arrependimento voluntário".
No caso desta vítima, só não conseguiu porque a ofendida teve a capacidade de fugir.
A execução da pena fica, no entanto, suspensa, mas o homem fica sujeito a regime de prova de avaliação psicológica e a frequentar programas de reabilitação, um dos quais para reabilitação de agressores sexuais.
O homem mantém-se, porém, em prisão preventiva, por em Outubro ter sido detido pela Polícia Judiciária (PJ) por suspeita de violação de uma mulher de 40 anos.
Na altura, o comunicado da PJ referia que "os factos tiveram lugar no início de Outubro", num "armazém em local isolado, na ilha de São Miguel, para onde o suspeito atraiu enganosamente a vítima, a pretexto de firmar com ela um contrato de trabalho".
"O detido, de 39 anos, já referenciado policialmente e trabalhador rural, foi presente a primeiro interrogatório judicial e ficou em prisão preventiva", referia o comunicado.
Lusa/SOL