Óscares 2015. Whiplash – Nos Limites

O que tem de especial a vida de um futuro baterista nos corredores de um Conservatório de Música para que seja impossível descolar o olho da segunda longa-metragem do também novato Damien Chazelle? 

Grande vencedor do Festival de Sundance e nomeado para cinco Óscares, Whiplash – Nos Limites poderia ser um biopic sobre ícones do jazz como Buddy Rich ou Jo Jones – referências aliás recorrentes no filme – mas estamos em crer que se assim fosse ficaria aquém do que consegue ao colocar-nos na pele deste aluno anónimo, na idade de arranjar uma namorada, que tem de provar a si próprio preferir o caminho da genialidade ao da mediania.

É nesse devir que o argumento de Whiplash inteligentemente nos instala, construindo um duelo psicológico entre o imberbe protagonista (Milles Teller) e o temível mentor Lecter (J.K. Simmons).

Um jogo de tensão para lá do plausível que a montagem, pontilhada de planos de pormenor entre baterista e bateria e em constante diálogo com a banda sonora, não perde por um segundo.

Razão mais do que suficiente para valer a ida ao cinema.