O IPHab tem como principal objectivo medir a evolução dos preços dos alojamentos familiares adquiridos no mercado residencial em Portugal. É compilado através de informação administrativa fiscal anónima, enviada pela Autoridade Tributária e Aduaneira ao abrigo de um Protocolo celebrado com o INE, referente ao Imposto Municipal sobre as Transmissões Onerosas de Imóveis (IMT) e ao Imposto Municipal sobre Imóveis (IMI).
Observando este indicador através de dados anuais, nota-se um decréscimo dos alojamentos familiares transaccionados de 2010 a 2012, com um ligeiro crescimento em 2013. Verificou-se ainda um crescimento da representatividade de imóveis existentes versus diminuição de imóveis novos. Traduzindo em números, em 2009 cerca de 63% dos alojamentos familiares transaccionados eram usados e em 2013 esse valor passou a ser de 73%.
Por trimestre, observou-se um reforço do optimismo a partir do final de 2013. No segundo trimestre de 2014 ocorreram 19. 637 transacções de alojamentos, mais 1,9% do que em idêntico período do ano anterior (+1,0% para alojamentos existentes e +4,5% para novos). O dinamismo do mercado tem sido induzido sobretudo numa escala menor pelos residentes habituais e em grande escala pelos instrumentos legais, nomeadamente vistos gold e regime fiscal dos residentes não habituais.
Valor médio da avaliação bancária cresceu 0,3%
Quanto ao valor médio de avaliação bancária, fixou-se em 1.009 euros/m2 no ano passado, o que se traduziu num acréscimo de 0,3% relativamente ao ano anterior.
Segundo o Instituto Nacional de Estatística, as regiões do Norte, do Centro e a Área Metropolitana de Lisboa registaram variações positivas entre 2013 e 2014, com a região da capital a apresentar a subida mais intensa nas avaliações por parte dos bancos (0,9%). As restantes regiões de Portugal apresentaram uma redução anual do valor médio de avaliação.
Por tipo de alojamento, no ano de 2014 o valor médio de avaliação bancária aumentou 0,5% nos apartamentos para um total de 1.047 euros/m2. E no caso das moradias cresceu 0,3%, para 946 euros/m2.
Fonte: Gabinete de Estudos da APEMIP