“Se Guterres não avançar, o PS tem melhores opções, sem encostar à direita”, diz ao SOL um dirigente socialista que tenta que “Vitorino não se torne uma inevitabilidade”. Nos próximos dias, esta ala conta que apareçam novos apoios a Maria de Belém. O líder da UGT, em entrevista ao SOL, já deu sequência ao apoio de Ana Gomes à presidente do PS no consulado de Seguro.
Outro duelo particular à esquerda surgiu esta semana. Com Carvalho da Silva, Sampaio da Nóvoa, o independente que Costa levou ao Congresso do PS, passa a ter uma alternativa. Foi Marques Mendes quem falou do ex-líder da CGTP, no espaço de opinião da SIC, mas sectores fora do PS apadrinham de facto o seu nome.
Carvalho da Silva, que foi acarinhado pela ala soarista do PS, tornou-se nos últimos anos uma referência de movimentos à esquerda dos socialistas. “Nos sectores mais ideológicos, alguns dissidentes do PC e também entres os bloquistas é considerado mais consistente politicamente do que Sampaio da Nóvoa”, diz um apoiante, ex-PCP.
As novas candidaturas ganham força cada vez que surgem dúvidas sobre a ida a votos de Guterres. Esta semana, a TVI noticiou que o líder do ACNUR vai optar pela ONU, em detrimento de Belém.