As opiniões sobre o Syriza divergem no PS e expõem as diferenças ideológicas. E até já motivaram um episódio aceso nas redes sociais.

Ascenso Simões, próximo de António Costa, escreveu no Facebook que “o PS está a abrir as portas à geração da Europa”, notando que as concelhias de Lisboa e Porto, lideradas por Duarte Cordeiro e Tiago Ribeiro, antecipam a mudança geracional. “Pena apenas as suas ideias, do pior que o movimento socialista já produziu nos últimos 40 anos”, comenta o deputado João Paulo Pedrosa, que no seu Facebook considera “trágica a colagem de alguns dirigentes nacionais do PS ao Syriza”.

Também o ex-deputado Ricardo Gonçalves, da ala direita, lançou farpas na caixa de comentários: “Andei como militante da JS e do PS, na linha da frente durante o PREC, a combater os comunas e a extrema-esquerda para agora com outra roupagem aparecerem dentro do PS com o Tsipras Galambaoufakis de porta-voz a defender o Syriza em todas as situações”. Críticas às recentes declarações do secretário nacional João Galamba. O ex-dirigente Álvaro Beleza admite que o Syriza divide: “Fractura a esquerda social-democrata e o velho socialismo utópico, que não funciona”, diz ao SOL. 

Esta quarta-feira, a declaração política do PS foi dedicada à Grécia. Com ironia, o deputado Sérgio Sousa Pinto justificou as diferenças de opinião: “No PS, ainda não atingimos um estado de osmose tão perfeito como o que existe entre PCP e Verdes”. Já Vieira da Silva e Miranda Calha responderam ao SOL com a mesma frase, quando questionados sobre se o PS estaria demasiado à esquerda: “O PS está onde sempre esteve”.

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