Para o dirigente social-democrata, a confusão explica-se com a transição de acumulação de trabalho dependente com rendimentos como independente para uma situação em que apenas se presta serviços a recibos verdes.
Marco António recusou assim tirar quaisquer consequências políticas da falta de pagamento de Passos Coelho.
O vice -presidente do PSD, que já foi secretário de Estado da Segurança Social, prefere, por isso, justificar o "lapso" do primeiro-ministro com o facto de se ter passado numa altura em que o sistema de notificações destas dívidas ainda apresentava muitas falhas.
"Isto ocorreu numa data em que era uma situação muito comum", justificou.
"Houve uma grande melhoria desde 2007", explicou aos jornalistas à margem das jornadas parlamentares do PSD, recordando que "durante muitos anos houve uma ausência completa de notificações".
De lá para cá, garante Marco António Costa, "foi feito um trabalho de construção de base de dados" e "não se deixa prescrever".
Para exemplificar esse aumento de eficácia, Marco António lembrou que "este ano ascendeu 600 milhões de euros o que a Segurança Social arrecadou".
Quanto ao facto de Passos ter pago uma dívida que já está prescrita desde 2009, Marco António tem poucas explicações a dar: "Muito simplesmente pagando".
"Qualquer cidadão pode pagar a dívida que está prescrita e beneficiar daquele tempo para a sua carreira contributiva", assegurou.
De resto, o dirigente do PSD aconselhou os jornalistas a "fazer essa pergunta ao Instituto da Segurança Social".
Marco António Costa quis ainda deixar clara a diferença entre "alguém que nunca foi notificado" e "pessoas que são notificadas e tentam fugir".