PSD: Passos poderá dar explicações sobre a sua relação com a Segurança Social

O vice-presidente do PSD, José Matos Correia, afirmou hoje que Pedro Passos Coelho deve dar explicações sobre a sua relação com a Segurança Social “no momento certo e onde for entendido”, nomeadamente na quarta-feira no Parlamento. 

PSD: Passos poderá dar explicações sobre a sua relação com a Segurança Social

José Matos Correia disse, em conferência de imprensa, que o primeiro-ministro "continua disponível para dar os esclarecimentos que forem entendidos [sobre a sua situação com a Segurança Social]" e que "o Parlamento é um bom local para o fazer".  

O vice-presidente do PSD, comentando as declarações de hoje do Presidente da República, Cavaco Silva, acrescentou ser "mais do que compreensível que o Presidente da República, pelas funções que exerce, não queira imiscuir-se em questões que são do domínio da luta político-partidária e sobretudo questões desta artificialidade". 

O presidente da República escusou-se hoje a comentar a dívida do primeiro-ministro à Segurança Social, alegando que "um presidente de bom senso deve deixar aos partidos as suas controvérsias político-partidárias que já cheiram a campanha eleitoral".

Matos Correia reafirmou que "o erro foi assumido" pelo primeiro-ministro e acusou a oposição de "continuar a construir um discurso à volta desta questão porque não tem opções de política válidas" e tenta "encontrar na espuma dos acontecimentos uma forma de ultrapassar as suas próprias limitações".

Reagindo à notícia do jornal Expresso de que o primeiro-ministro "pagou dívida de 3.900 euros à Segurança Social, mas ficaram 26 meses por regularizar", Matos Correia classificou-a como "falsa" e disse que o PSD não está preocupado com o tema das dívidas do primeiro-ministro à Segurança Social em ano de eleições, nem com a perda de credibilidade de Passos Coelho.

"Se há uma coisa que não preocupa o PSD é precisamente a credibilidade do primeiro-ministro. Bem pelo contrário. Aquilo que o primeiro-ministro tem feito ao longo destes anos e a forma como tem conduzido a sua actuação é a prova mais evidente de que se há político credível em Portugal é o primeiro-ministro. Essa é uma mais valia que leva para as eleições", reforçou.

Para Matos Correia, o jornal Expresso entendeu publicar a notícia sobre a relação de Pedro Passos Coelho com a Segurança Social "com base em documentos que são falsos e cuja falsidade conhecia quando a notícia foi feita".

O Instituto da Segurança Social esclareceu hoje, em comunicado, que "não existe registo na base de dados do Sistema de Informação da Segurança Social do documento referido pelo Semanário Expresso, nem os dados constantes coincidem com o número de identificação do documento".

O jornal Expresso cita um "Documento para pagamento de contribuições/juros de mora" emitido pela Segurança Social a 26 de Outubro de 2012 em nome Pedro Manuel Mamede Passos Coelho em que o valor a pagar era de 7.534,82 euros relativo a 58 meses em dívida, de Novembro de 1999 a Agosto de 2004.

O Instituto garante ainda que o valor de 7.534,82 euros, referido pelo Expresso "não corresponde ao valor constante do Sistema de Informação da Segurança Social (…)". 

Lusa/SOL