A dúvida surge precisamente a partir das declarações feitas pelo próprio Passos, segundo as quais "não tinha consciência " de que tinha se pagar as contribuições à Segurança Social. É que a isenção só poderia acontecer mediante requerimento apresentado pelo próprio.
Caso Passos não tenha apresentado esse pedido quando deixou de ser deputado na Assembleia da República, as dívidas começaram a acumular-se em 1996 e não em 1999, como até agora tem sido noticiado.
Em qualquer dos casos, a dívida terá já prescrito em 2004.
Mas, como o Público aponta esta quarta-feira, por explicar continua o facto de a Segurança Social "ter informado o primeiro-ministro de que, no mês passado, só lá constavam os 2880 euros que ele declarou ter pago entretanto (mais 1034 euros de juros) e não os 5016 que lá estavam registados até há pouco tempo".
Outros dados ontem revelados pelo Expresso Diário levantam novas dúvidas, já que há um período durante o qual não se conhece para quem trabalhou Passos.
Estas questões deverão ser o ponto principal do debate quinzenal marcado para esta tarde no Parlamento.
Espera-se que os deputados confrontem o primeiro-ministro com estas dúvidas, num debate que levou mesmo – como revela o Diário de Notícias – António Costa a ir ao Parlamento preparar a sua bancada, mesmo não sendo deputado.