Pedro Passos Coelho discursava hoje na inauguração da Creche de Santa Luzia, da Santa Casa da Misericórdia da Maia, distrito do Porto, onde disse esperar que "o Governo esteja em condições, nas próximas semanas, de dar conta de todo o trabalho desta agenda da criança que está praticamente concluído".
Desta agenda da criança, além da revisão significativa dos meios e dos modos de funcionamento das comissões de protecção de menores, faz parte "rever os mecanismos de adopção que devem permitir que crianças que têm condições para ser adoptadas e famílias que têm condições para as acolher, não esbarrem sucessivamente em dificuldade artificiais, burocráticas e muitas vezes em excessos legalistas".
Segundo o primeiro-ministro, estes obstáculos actualmente "impedem que, em tempo útil, essas crianças possam ter o acolhimento devido e possam ter o carinho e amor que merecem nas famílias que estão disponíveis para as acolher".
"Nós, enquanto poderes públicos, temos a responsabilidade de não entregar essas crianças de qualquer maneira à guarda de quem quer que seja, mas também não podemos permanecer, anos e anos a fio, em nome dessa preocupação de cuidar bem desse processo, de fazer que as crianças acabem por nunca ter uma família que os possa acolher quando temos muitas pessoas em Portugal que, não podendo ter filhos, desejam ter crianças na sua família e outras ainda que, mesmo tendo filhos, estão disponíveis para acolher filhos adoptados", considerou.
Lusa/SOL