O Canal 2 israelita avança às 20h de Lisboa que a União Sionista de centro-esquerda, constituída pelo Partido Trabalhista de Yitzhak Herzog e o Hatnuah de Tzipi Livni, que defende o restabelecimento do processo de paz israelo-árabe, alcançou 27 mandatos, um menos que o Likud, o partido conservador do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, que tem radicalizado o discurso anti-palestiniano e anti-iraniano. O Canal 1 e o 10 indicam um igual número de mandatos para as duas forças – 27. São necessários 61 para a maioria.
Netanyahu declarou "uma grande vitória" pouco tempo depois do anúncio das projecções. Herzog, no entanto, disse que "os resultados vão trazer os trabalhistas de volta ao poder". De resto, e pelo que era visível nas imagens das cadeias internacionais de televisão, nem numa sede de campanha nem na outra havia celebrações demasiado entusiásticas, reinando antes um clima de expectativa.
Quanto aos restantes partidos, decisivos na formação do novo Executivo, e de acordo com uma média das várias projecções elaborada pelo jornal de referência Haaretz, a Lista Árabe é a terceira força mais votada com 13 mandatos. Segue-se o partido centrista Yesh Atid de Yair Lapid (12), o Kulanu do dissidente do Likud Moshe Kahlon (10), a ultranacionalista Casa Judaica de Naftali Bennet (8), o ultra-religioso Shas (7), a União Judaica da Torah (6), o Yisrael Beiteinu de Avigdor Lieberman (5) e por fim o Meretz esquerdista de Zehava Galon (5).
Os resultados finais só deverão ser conhecidos na manhã de quarta-feira. No entanto, e nos minutos seguintes à divulgação destas projecções, o Presidente Rivlin, do Likud, declarou que “somente um Governo de unidade pode evitar a rápida desintegração da democracia israelita e a realização de novas eleições no futuro próximo”. As próximas horas e dias serão decisivas.