O delfim de laboratório

António Costa apresentou aos lisboetas, em 2013, o delfim que lhe haveria de suceder na presidência de Lisboa: Fernando Medina, um homem com perfil tecnocrático e um já extenso currículo político. “Tem competência, inteligência e carácter. Acredito que irá revelar-se como estratega e líder”, diz um socialista, próximo do seu círculo político.

O delfim de laboratório

Medina, 42 anos, assume segunda-feira o cargo de presidente da autarquia. O ex-adjunto de Guterres, ex-secretário de Estado de Sócrates e ex-deputado terá até 2017 para mostrar que é mais que um excelente número dois.

No Governo de Sócrates, este economista portuense filho de antigos dirigentes do PCP (Edgar Correia, já falecido, e Helena Medina) revelou-se um dos homens de confiança de Vieira da Silva, primeiro com o pelouro do Emprego e depois com a Indústria e Desenvolvimento.

Na Câmara, Costa deu-lhe um “curso acelerado” para chegar a presidente. Entregou-lhe as finanças, atribuiu-lhe responsabilidade na reorganização das freguesias e na reestruturação orgânica da Câmara. A rede de contactos não alterou o baixo perfil mediático e os traços de timidez que aumentam a expectativa sobre o tempo que levará a ascender a outro patamar de reconhecimento público.

manuel.a.magalhaes@sol.pt e sónia.cerdeira@sol.pt