Esperança no Verão contra o desemprego

A subida da taxa de desemprego está a preocupar a maioria PSD/CDS, que teme os efeitos na campanha para as legislativas caso se consolide a tendência dos últimos três meses.

Esperança no Verão contra o desemprego

O Verão é visto como a última barreira para inverter a tendência. Um vice-presidente do PSD diz esperar que o emprego sazonal ponha o desemprego a descer e acabe por jogar a favor dos dois partidos de Governo. A mesma fonte alerta, porém, para a grande questão: “Perceber se passamos a barreira socialista” – ou seja, ficar aquém da herança de Sócrates.

Depois de conhecer os últimos dados do INE, o primeiro-ministro procurou desdramatizar, afirmando que estes “não são um embaraço para o Governo” e que, comparados “com período homólogo, o desemprego é mais baixo”. E a verdade é que tanto no PSD como no CDS o esforço é grande para demonstrar que não há excesso de preocupação e que tudo aponta para que a tendência de diminuição do desemprego regresse em breve. “Preocupa-nos mas não nos assusta porque a tendência tem sido a inversa”, sublinha um dirigente do PSD.

Sociais-democratas e centristas recorrem ainda a outros dados económicos, como o os do crescimento ou dos níveis de confiança das empresas. “Se a campanha se transformar numa guerra de números, a maioria está numa posição confortável porque os dados económicos estão a melhorar”, reforça um vice-presidente do CDS. Ainda assim, o Governo não descura a situação. O ministro da Segurança Social anunciou esta semana, no Parlamento, um programa de formação para 13 mil desempregados com baixa qualificação. Uma forma, também, de abater o número dos portugueses sem trabalho.

sofia.rainho@sol.pt