Em comunicado, a CIP apela ao bom senso dos dirigentes sindicais e dos trabalhadores para pôr termo a uma greve que prejudica a economia nacional, considerando que o Governo não deverá excluir a hipótese de recurso aos instrumentos legais que tem à sua disposição, caso essa seja a única forma de assegurar o normal funcionamento da aviação ao nível nacional.
"A CIP não pode, assim, deixar de repudiar a forma escolhida para fazer prevalecer interesses de grupos profissionais, dadas as muito negativas consequências da paralisação da aviação para o interesse nacional e da economia no seu conjunto", refere a associação empresarial liderada por António Saraiva.
A associação defende que, "na actual situação de relançamento da economia que o país atravessa, a greve convocada na TAP (…) constitui um rude golpe nas expectativas de todos aqueles que aspiram ao progresso económico e social" de Portugal.
"A convocação desta greve consubstancia um ato de irresponsabilidade e representa um retrocesso significativo nas escolhas dos sindicatos sobre as formas de contestação a qualquer medida que considerem que diminui ou ameaça os seus interesses", acrescenta.
Para a CIP, está em causa "o interesse nacional, a estabilidade exigida pela comunidade internacional e, consequentemente, o emprego de milhares de pessoas", pondo-se em causa o esforço que a todos os portugueses foi e ainda está a ser exigido para superar as dificuldades e encontrar o caminho do crescimento.
Os pilotos da TAP marcaram uma greve, entre 01 e 10 de Maio, por considerarem que o Governo não está a cumprir o acordo assinado em Dezembro de 2014, nem um outro, estabelecido em 1999, que lhes dava direito a uma participação no capital da empresa no âmbito da privatização.
Lusa/SOL