Reformas ambientais devem continuar seja qual for o partido no Governo

O ministro do Ambiente, Jorge Moreira da Silva, defendeu hoje que as reformas ambientais devem continuar a ser desenvolvidas no futuro, seja qual for o partido que estiver no Governo.

Moreira da Silva, que falava em Cascais na conferência "Horizonte 2020 – Desafios para as Empresas Portuguesas do Sector do Ambiente", sublinhou que o país tem beneficiado de reformas ambientais importantes e que "a crise não serviu de desculpa para hesitar ou adiar".

"É necessário continuar, isto é, independentemente das diferenças que tenhamos no contexto ideológico, programático e partidário, que temos e ainda bem que temos, nós sabemos que as reformas na área verde são reformas que é necessário que sejam prosseguidas no futuro, na medida em que temos ainda situações paradoxais", advertiu.

O ministro do Ambiente, Ordenamento do Território e Energia considerou ainda que ter dinheiro não a única coisa importante.

"É importante que o terreno esteja fértil para que a sementeira tenha capacidade para gerar bons frutos. A partir do momento em que foram feitas várias reformas estruturais […] é evidente que estamos em melhores condições de beneficiar, não só do financiamento comunitário, nacional e multilateral, mas também podemos beneficiar do reconhecimento internacional", sustentou.

Já o comissário europeu para a Investigação, Ciência e Inovação, Carlos Moedas, desafiou as empresas a serem mais participativas no concurso ao quadro financeiro plurianual de investigação e inovação, conhecido como Horizonte 2020.

"O Horizonte 2020 quer ter mais empresas a concorrer. O número de empresas tem vindo a diminuir, por isso um dos pontos essenciais do documento é a simplificação das regras. Gostava de ter mais 'feedback' para saber o que está a correr bem e o que está a correr mal", afirmou.

Carlos Moedas apelou a uma maior participação das empresas, de modo a "unir esforços para dar melhores condições de vida para uma Europa mais justa" e também poder fazer valer a sua influência como português.

"O que vos deixo como mensagem é para mim essencial porque sou português e gostaria de ver mais empresas portuguesas envolvidas. Ao nível empresarial ainda há um caminho a fazer e é aí que gostaria de vos sensibilizar e ajudar para que possam participar de uma maneira cada vez mais eficaz", concluiu.

A conferência "Horizonte 2020 – Desafios para as Empresas Portuguesas do Sector do Ambiente", que decorre hoje na Casa das Histórias Paula Rego, em Cascais, é organizada pela Associação das Empresas Portuguesas para o Sector do Ambiente (AEPSA), com o objectivo de alertar para os problemas e debater os desafios mais prementes das empresas a operarem no sector do Ambiente em Portugal.

Lusa/SOL