“Este dia representa a esperança para a empresa. Apesar de todas as vicissitudes que vivemos recentemente, com a greve de dez dias, e da turbulência laboral no final de 2014 e com ruído interno que acaba por prejudicar o processo, estamos aqui, temos três propostas, temos ambiente competitivo”, frisou o secretário de Estado dos Transportes, em conferência de imprensa, esta noite.
Sérgio Monteiro sublinhou ainda que essa “esperança” se traduz na possibilidade de “ver uma TAP a crescer, com capital e com condições para concorrer com os seus pares a nível europeu e sobretudo num momento difícil em termos de concorrência de mercado”.
Hoje, Germán Efromovich, dono da Avianca e do grupo Synergy, David Neeleman, presidente e fundador da Azul – que concorre com a sua holding pessoal, a DGN, num consórcio que integra o empresário português Humberto Pedrosa, da Barraqueiro – e Miguel Pais do Amaral, por via da Quifel Holdings, entregaram as suas ofertas para comprar a companhia aérea.
Sem se comprometer com datas, embora frisando que o final de Junho continua a ser o calendário com que o Governo está a trabalhar para assinar o contrato da venda, Sérgio Monteiro disse ainda não conhecer os contornos das propostas apresentadas pelos três candidatos.
Mas não deixou de lançar um alerta aos opositores deste processo de privatização, em particular, ao líder do principal partido da oposição, António Costa.
“Portugal precisa de continuar a apresentar-se no mercado como um país estável e amigo do investimento. Temos três propostas cujo mérito não está avaliado, mas que representam oportunidade de investimento na TAP. Todas têm previsto capitalização da companhia. Por em risco essa capitalização é prejudicial para o futuro da empresa”, argumentou.
“A alternativa à privatização é a reestruturação. Isto não é bluff do Governo. A tesouraria está muito frágil”, assegurou o governante.